sábado, 26 de maio de 2012

A revolta da lua

 A revolta da lua


Pedi à lua,
que está no céu
sempre a espreitar,
que me falasse da noite
pois deve ter muito que contar!
falou-me, do par de namorados,
que se beija com ardor
pensando não ter fim o seu amor,
falou-me da criança,
que vagueia sem esperança
à procura da mãe
que ela nem sabe que tem.
mas, num tom desolado,
baixinho, em jeito de recado,
disse-me quase a chorar:
- o que mais me entristece,
é o velhinho que dorme ao relento
e tem apenas como aconchego
o meu Luar!

 

Grande alegria




No dia dezasseis de Maio tive uma das maiores alegrias!
O aluno, que em 1960 fez a admissão ao liceu, porque eu exigi que aquela cabeça não podia desperdiçar-se e ficou em segundo lugar no distrito de Santarém, ganhando um prémio, fez a queima das fitas do final da sua licenciatura em Gestão do Desporto, sendo o melhor aluno aos 63 anos e já avô!
Foi grande a emoção e o orgulho por ter contribuído para aquela realização.

Foi este o poema que escrevi na sua fita.


Querido Manel
parece um sonho
mas é a realidade
que aquele menino gorducho
de olhar profundo
parecendo descobrir o mundo
me desse
aos 63 anos
tamanha felicidade!
venceste Manel
atingiste a tua meta
com trabalho
insistência
mas muita, muita inteligência!
peço a Deus
que te deixe viver
usufruir de tudo a que tens direito
mas agora mais devagar
sem qualquer urgência!

Um beijo grande da tua professora que tanto se orgulha de ti e agradece a tua gratidão.



Alguém disse que existe honradez na gratidão e eu corroboro.