quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Para ti, emigrante

Para ti, emigrante


Levavas nos olhos a esperança,
a desfazer-se em lágrimas de saudade,
da terra que deixaste,
em busca da felicidade
e da prosperidade!
Tanta labuta!
Tanto suor com sabor a fel,
para que os teus filhos mais tarde,
saboreassem a vida,
já com sabor a mel!
E quando regressas à tua casa,
que construíste na tua terra,
é que começas a viver,
depois de uma luta constante,
em que o grande herói,
foste tu, Emigrante!

sábado, 10 de agosto de 2013

O meu vestido domingueiro

O meu vestido domingueiro


Ai como eu recordo o meu vestido domingueiro,
que eu espreitava,
tocava em segredo,
porque nesse tempo,
nós, as crianças,
da mãe tínhamos medo!
Era de seda, florido no verão
e de lã com laço atrás no inverno.
Não podia ser vestido de semana,
para não sujar,
mas era enorme o sofrimento,
porque o domingo demorava a chegar!
E ainda hoje,
que já se veste, diariamente,
o vestido domingueiro,
eu recordo a magia,
a ansiedade, que em cada domingo
me dava afinal,
a maior felicidade!