sábado, 16 de setembro de 2017

Para ti, Professor

Para ti, Professor



Tu, que tens nas mãos
tanto botão, para desabrochar,
fá-lo com carinho,
pois a tarefa é nobre,
mas difícil de desempenhar!
Tu, que dás todos os dias,
tanto do teu saber
e da tua força de viver,
fá-lo com amor,
pois, só assim,
serás mesmo Professor!...
Tu, que no teu caminho,
desanimas tanta vez
e perdes a vontade de lutar,
podes crer, que no fim da tua vida,
vais ter muito de bom para recordar!!

Remorso

Remorso


Aqueles olhos famintos
e sedentos de saber,
olham para mim
a implorar 
que os tente compreender...
E que lhes dei afinal?
Em vez de compreensão,
um grito, um safanão,
mais pareço um animal!
Pedem carinho também
e finjo não entender,
criminosa - digo eu,
e não te mandam prender...
Mas, um grito de revolta,
diz-me bem alto, a lembrar:
- Se queres ser professora,
aprende a saber amar!

terça-feira, 5 de setembro de 2017

A criança que está dentro de mim

A criança que está dentro de mim


Tenho dentro de mim,
adormecida,
a criança que eu fui
e teima por vezes acordar,
ora sendo princesa
de vestidos a brilhar,
ora correndo pelos campos,
de cabelo solto, a voar
e as mais belas histórias inventar!
O tempo é cruel
e quer essa criança destruir,
aniquilar...
Mas o poder do pensamento
e a magia de saber sonhar,
não a deixarão envelhecer
e jamais a deixarão matar!!

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Ao mar

Ao mar


Quando olho este mar
belo e vaidoso,
bordado a esmeralda,
que tanto brilha,
logo me apetece agradecer
ao autor de tanta maravilha!
E logo o sol,
enciumado,
por ver o céu nele espelhado,
veste o seu manto dourado
e, ao entardecer,
atrás do mar
é que se vai deitar
e ali, suavemente,
vai adormecer!!

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Não sou poeta

Não sou poeta


Não sou poeta,
nem pretendo ser,
sou simplesmente
alguém que sente
de maneira diferente
e que transmite ao papel,
o que o coração lhe diz,
o que a faz sofrer
e o que a faz feliz!...
Não sou poeta,
nem pretendo ser.
São versos simples,
carregados de emoção,
são de saudade,
de revolta,
solidão,
mas, sobretudo,
são a voz do coração!

Não somos nada

Não somos nada


Neste infinito imenso,
somos um grão de areia,
por vezes insuflado
de orgulho, vaidade, altivez,
esquecendo que somos, apenas,
uma infinita pequenez...
E esse grão de areia,
julgando ser montanha altaneira,
elevada,
é no fim, apenas,
pó, cinza e nada...